Libertino de mim mesmo

Devassos das minhas desventuras,

os egos da minha alma vão me torturando.

Esqueço de comer e vou assistir TV.

Pesquiso há que horas me enfado

desse veículo de massa, massa amorfa.

Não tenho mais dúvida,

amanhã é o dia do ímpio.

Estarei relacionado entre os convivas

do enterro da minha pertinácia?

Ontem ela morreu depois de longo agonizar.

Agarro-me às circunstâncias

do momento para não fazer nada

a respeito da minha consciência.

E há o que fazer?

Sozinho prossigo, dissoluto.

Compreendo o mal das carnes

que latejam em consonância

com o espírito: a minha libido.

Já vai longe o viajante libertino,

Seguiu caminho, partiu.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 19/01/2013
Código do texto: T4093885
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