na cara do rancor
sou no ventre
da pedra, a ciranda
de cosme
nos dentes
o osso é posto, na
arte e na guerra,
meu som é funebre
e carrega mágoa
na fresta, no
zigue zangue
do ponto, o sustento
se ajusta ao canto:
poesia é amar, é
desencanto, é amar
o escravo, que sob
o manto do amor,
se contorce em prato
a poesia é ágora
é nada, nadinha,
é menina nervosa
acanhada...
rancorosa...