Pardais da Valia

Depois de se ter vivido tantas alvoradas,

nossas crenças tornam-se confidências,

arrecadadas como frutos em fim de feira,

e ainda quer, a freira, divinas providências.

São algumas décadas vendo cinzas pardais,

bocas perdendo dentes, cabeças as mentes,

bagunça eletrônica de informações sazonais,

tudo poderia ter sido menos veloz, meu algoz.

Indecentes, imprudentes cadáveres andantes,

e minha compreensão, meu limite em Cervantes,

é um moinho, um velho teimoso a matar a valia,

dessa calmaria brota a revolta da força na cria.

Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 19/01/2013
Reeditado em 05/03/2013
Código do texto: T4093613
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