UM SAMBINHA PRA IRACEMA

Iracema acordou zangada

toda cheia de razão.

Arrumou-se e desceu o morro

com uma mala de ilusão.

Deixa disso Iracema,

vem pro terreiro requebrar.

O samba tá no teu sangue Iracema,

volta pra cá.

Inda lembro de outrora

água aqui não existia

lata velha na cabeça,

protegida por rudia.

Quem dera eu fosse o tempo

que ritmava teu andar;

só pra ver teu remelexo,

fazer teu corpo quebrar.

Hoje, o morro acordou triste

só por causa de você.

Volte logo sua moleca,

não deixe o morro sofre.

(Íris Rago)

Iris Rago
Enviado por Iris Rago em 19/01/2013
Reeditado em 17/02/2013
Código do texto: T4093554
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