UM SAMBINHA PRA IRACEMA
Iracema acordou zangada
toda cheia de razão.
Arrumou-se e desceu o morro
com uma mala de ilusão.
Deixa disso Iracema,
vem pro terreiro requebrar.
O samba tá no teu sangue Iracema,
volta pra cá.
Inda lembro de outrora
água aqui não existia
lata velha na cabeça,
protegida por rudia.
Quem dera eu fosse o tempo
que ritmava teu andar;
só pra ver teu remelexo,
fazer teu corpo quebrar.
Hoje, o morro acordou triste
só por causa de você.
Volte logo sua moleca,
não deixe o morro sofre.
(Íris Rago)