Saindo do berço
Não preciso de Ah! Oh! Ou outras onomatopéias
Pra gritar no papel meus sentimentos
Um Jasão para muitas Medéias
Trouxe para mim um mar de lamúrias e tormentos
Lamentos ouvidos surdos para gritos mudos
Falência de esperança
Bonança abastada de prazer ou furtos
Roubaram a alegria de criança
Um bater na porta errada
Um carinho que não se esquece
Um tocar na boca calada
Um olhar seco onde a alma perece
Padece de saudade
Grita por maturidade
Idade que não traz experiência
Infantilidade que apaga a vivência
Sinto-me no berçário
Do grupo dos fraldinhas sou a mais pequenina
Que agora tem agenda e não mais um diário
Mas que por fora é mulher e por dentro menina
Escrita em 27/07/2010