bruta

Arda, cidade

em pânico, tédio

do gosto e do amor,

da minha vida carregado

cantando, mortas colinas

de vapor....

asseguro, viu

que tudo passa

quando a memório

falha...

o cheiro

de erva-cidreira

deu um garrote,

na pi

seus gestos de estivador

opunha a minha parede

de alecrim

eu descia ruas e pontes, e

e me destituia de primavera,

que exalava dos trios...

A minha compaixão exalava

gosto de pedra bruta,

e embaixo do assoalho, restos

tempos adormecia a espera

e alguma bicho que lhe amparasse

ou que lhe morresse...

E a família presa no escuro

cada um rindo da mentira que

imaginava que o outro não sabia;

e eu cantava, embaixo do

chuveiro:

vem, pétala bruta,

seja bruta assim

mesmo....

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 19/01/2013
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