SEM BRUMAS

Já é hora

Quem é que sabe a verdade?

Momento de fera sob a lua prateada

Noites de segredos sussurrantes nas sombras

E olhares famintos...

Eu sei você pode senti-los também

Sua ânsia bestial sufocando nossa paz de espirito

Sua raiva sibilando no vento

Sinuosa é a serpente na rocha

Sinuosa é a perfidez que nos segue

Eu faço tremer as terras já não tão seguras de minha existência

Sem mistérios nos meus oceanos tão navegados

Sem monstros nas florestas...

Sem brumas...

Faço gritar o que jazia calado

O que jazia solido...

Eu faço gritar tudo o que me cerca

Hoje sou o brado sentido da noite

Sou a lagrima espúria das trevas

Sou o mago...

O duende e o ogro

Sou o mal...

Conheço o bem...

Brado com heróis em batalhas sem nome

A noite vai... cresce...expande-se...

A noite espalha-se em tentáculos de trevas

Sigo o curso do rio fluido de escuridão

E eu sei...

Eu apenas sei...

Já é hora.