Tela: paul klee
LITANIAS
(...porque é preciso recapturar os sonhos...esses legados etéreos do Ser...)
Guardo na alma um lugar,
de rochedos crescidos,
de escuras cavernas,
de longínquas eras,
de pomos maduros.
Esse lugar-tempo
tem a face manuscrita,
do escriba cinzelado.
Esse lugar tem entre os cismos
faróis e janelas apedrejadas,
mas os luzeiros da memória carregam
no coração antigas litanias e
mormaços de estórias,
( velando doridas campas),
entre as cordas dessas trilhas.
Esse estranho lugar
ainda vela na alma
a água pura da bilha,
se reescava, se cala...
entre entalhes e canteiros,
e entre estas cismas caligráficas,
guarda inscrições na alma
desse e do teu tinteiro,
oh tu mundo que me falas, que me resvalas!...
Esse tempo- lugar é assim
como um lívido jardim,
pedra, fruto, peixe e açoite,
argila e noite (escuridão) que dói...
pó que respira!
www.lilianreinhardt.prosaeverso.net
LITANIAS
(...porque é preciso recapturar os sonhos...esses legados etéreos do Ser...)
Guardo na alma um lugar,
de rochedos crescidos,
de escuras cavernas,
de longínquas eras,
de pomos maduros.
Esse lugar-tempo
tem a face manuscrita,
do escriba cinzelado.
Esse lugar tem entre os cismos
faróis e janelas apedrejadas,
mas os luzeiros da memória carregam
no coração antigas litanias e
mormaços de estórias,
( velando doridas campas),
entre as cordas dessas trilhas.
Esse estranho lugar
ainda vela na alma
a água pura da bilha,
se reescava, se cala...
entre entalhes e canteiros,
e entre estas cismas caligráficas,
guarda inscrições na alma
desse e do teu tinteiro,
oh tu mundo que me falas, que me resvalas!...
Esse tempo- lugar é assim
como um lívido jardim,
pedra, fruto, peixe e açoite,
argila e noite (escuridão) que dói...
pó que respira!
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