Inverno
Cai pela janela,
Em versos brandos,
O tempo e essa saudade...
Sem nome.
Que sem piedade,
Sem rumo,
Toma-me o corpo,
Invade a essência homem,
Deixa-me a esmo no soturno da idade.
Trincado numa contra mão,
Em frio, em ferro e sofrimento.
Aceito a noite se escondem,
Sem dizer que o meu coração sola...
Entrincheirado numa dor que nasce do nascer...
Do tempo, do vento, dessa necessidade,
De ter alguém, que nunca vem me conhecer.
Num tom acima é calmo;
Num tom a baixo é triste.
Assim o amor, do meu amor não existe.
Entre muros e paredes e um fel prá dizer,
É melhor dessa insanidade esquecer,
Porque prá quem vou dizer o que é solidão.