Veias do pescoço

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O grito passa pelos

Cabelos da noite...

E pela janela invade

Um mundo estéril,

E fuça com sua boca

De broca a massa

Cristalizada no vento

E sua ponta estridente

Escova os ouvido da noite

E me evade do cordão

dos sonhos

E no descanso do

Riso, da canoa

Que da rima da cama

Navega, suga o gosto

De fruta podre, o

Descaroçado musgo do

Escuro, e vomita artéria

E gozo, vontade e morte

Nas veias do pescoço;

O grito escova o chão

Limpa da morte o

Assoalho de pedra

O sustento dos pés

O carne de piaçava

Que tempera o mundo

De merda

E pinta o muro de tinta

Madura e murmura

perdão, E na bruma inaudita

separa o nojo da sepultura

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O grito passa pelos

Cabelos da noite...

E pela janela invade

Um mundo estéril,

E fuça com sua boca

De broca a massa

Cristalizada no vento

E sua ponta estridente

Escova os ouvido da noite

E me evade do cordão

dos sonhos

E no descanso do

Riso, da canoa

Que embaixo da cama

Navega, suga o gosto

De fruta podre, o

Descaroçado musgo do

Escuro, e vomita artéria

E gozo, vontade e morte

Nas veias do pescoço;

O grito escova o chão

Limpa da morte o

Assoalho de pedra

O sustento dos pés

O carne de piaçava

Que tempera o mundo

De merda

E pinta o muro de tinta

Madura e murmura

perdão, E na bruma inaudita

escreve seu nome

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 17/01/2013
Reeditado em 17/01/2013
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