Veias do pescoço
--------
O grito passa pelos
Cabelos da noite...
E pela janela invade
Um mundo estéril,
E fuça com sua boca
De broca a massa
Cristalizada no vento
E sua ponta estridente
Escova os ouvido da noite
E me evade do cordão
dos sonhos
E no descanso do
Riso, da canoa
Que da rima da cama
Navega, suga o gosto
De fruta podre, o
Descaroçado musgo do
Escuro, e vomita artéria
E gozo, vontade e morte
Nas veias do pescoço;
O grito escova o chão
Limpa da morte o
Assoalho de pedra
O sustento dos pés
O carne de piaçava
Que tempera o mundo
De merda
E pinta o muro de tinta
Madura e murmura
perdão, E na bruma inaudita
separa o nojo da sepultura
---------------------------
O grito passa pelos
Cabelos da noite...
E pela janela invade
Um mundo estéril,
E fuça com sua boca
De broca a massa
Cristalizada no vento
E sua ponta estridente
Escova os ouvido da noite
E me evade do cordão
dos sonhos
E no descanso do
Riso, da canoa
Que embaixo da cama
Navega, suga o gosto
De fruta podre, o
Descaroçado musgo do
Escuro, e vomita artéria
E gozo, vontade e morte
Nas veias do pescoço;
O grito escova o chão
Limpa da morte o
Assoalho de pedra
O sustento dos pés
O carne de piaçava
Que tempera o mundo
De merda
E pinta o muro de tinta
Madura e murmura
perdão, E na bruma inaudita
escreve seu nome