SEIS GOLES DE CAFÉ
Cada gole de café
Lembra outro de vinho
E, quase fora do caminho,
Pensa-se coisa que não é:
Que para o mal dos pecados
Deixa amargo na boca,
Coisa que não fosse pouca
Resolvia com melado...
Quando quase de lado
Sorve mais um da caneca,
E por algumas merrecas
Acrescenta doses de solidão
Que pelo sim, pelo não,
Faz do coração peteca...
Coisa de pouco volume,
Se finda ao sexto gole
E em devaneios moles
Homem e nostalgia reúne.