Égua

Caminho descalça

Lentamente.

Camisola branca, transparente

Valsa

Na minha pele.

E me aproximo de sua cama

DAMA

Deitado, nu, inerte

Não se desperte!

Deixe que meu olhar

Passeie

Pelo seu corpo

Como bem quiser

E assim me achego

MULHER!

E me inclino.

Minha crina

Toca seus pêlos

E farejo seus desejos

E desenho com meus beijos

A trilha

Da cavalgada:

Pernas, coxas, virilhas...

Ah!...cavalgar sem trégua

ÉGUA!

Emília Casas
Enviado por Emília Casas em 06/08/2005
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