Alvo de pedras
As pessoas não apreciam o que não entendem.
O que está fora da realidade absoluta.
As pessoas da sala de estar,
Querem só ensinar o que acreditam.
Querem passar regras, que elas não mais editam.
Falam na paz; falam no amor;
Falam na fidelidade; falam na família;
Falam de desigualdade; falam da miséria;
Não sabem e se limitam.
São hipócritas e não acreditam.
Indignam-se se alguém grita.
Querem tudo como no papel,
Mas a vida é como é...
Mel e fel.
Não adianta dizer eu não sou assim;
Eu não faço, isso nem aquilo;
Porque, se estás maduro para umas coisas,
Para outras estás intranquilo.
Na versão do homem;
Na versão da mulher;
O que se conhece nem sempre se pratica.
Entre erros e acertos,
Uns ao serem medidos, são bons,
Outros são ruins.
Mas quem sabe a verdadeira medida?
Por isso, quem estar na parede é alvo das feras;
Quem estar nas fotos vive flores e velas;
Quem estar entre nós sofre na espera,
De quem se diz amigo vir te trair.
Infeliz é o homem que crê noutro homem,
Porque a maturidade da vida,
Estar em saber servir;
Em saber receber...
Em saber ser humilde.
Mas o que se vê é a doce poesia,
De sair da paz;
Sair do amor para inventar a guerra.
O homem em todos esses anos evolui para o que lhe dar mais prazer...
Matar e morrer.