VALSANDO COM AS LETRAS
De nada serve a mim viver valsando
Com as letras incansáveis de meus versos
Se elas não me emprestam o sucesso
São sonhos que em mim morrem bailando
Ainda posso ouvir,qualquer instante
Palavras maldicentes de algum critico
Dizendo que meus versos não tem ritmos
São odes de um teor extravagante
De nada serve a mim salvar meus sonhos
Dormindo eu não esqueço meu dilema
De ver que minha vida virou tema
Nos versos de uma língua enfadonha
São versos sem valor e vagabundos
Aqueles que a calúnia tem criado
São lixos de uma mente envenenada
Vagando na enxurrada mais imunda
Vagando eles encontram seus caminhos
Em bocas de boeiros infernais
Boeiros onde agitam-se os vendavais
Que espalham a mentira em torvelinhos
Belezas e verdades são precisas
Enquanto que a mentira é dispensável
Pois ela guarda o gosto inviável
Do fel,maldito fel que tiraniza
É ela a preferida do ciúme
Amante apaixonado da pobreza
Que se divorciou da gentileza
E arrasta coleirinhas por meu lume
Meu lume é o dom de transmutar
As letras e palavras dos meus sonhos
E em versos construir a nave inconha
De todo pensador que quer voar!