Penitência*
 
abraça-me a atemporalidade
dos ponteiros de veludo do tempo
trago na face a angústia dos mortais
arranho-me em palavras sem rima
a maldição de um céu terreno
como uma poesia timbrada
na pele que se desprende
em movimento do corpo
 
 
-como asas soltas ao vento-
 
 
cinge-me a tolice dos amores
a ambição do verbo sofrido
a paz da lucidez d’alma
no recôndito das brisas
-onde Sol e Lua se amam-
das cores de ser apenas
-nos teus olhos delirantes-
de improviso, a morte
 
 
-porque há dores que nunca se calam-
 
Karinna*
Karinna
Enviado por Karinna em 15/01/2013
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