DO DIA QUE ACORDEI ZEN.
A excelência e a ruína das cousas
Sempre se assenta em seus extremos,
Mas a perenidade busca incessantemente
O seu ponto de equilíbrio.
Tanto na falta quanto no excesso do remédio
A morte busca ocasião de envolver-nos
O medo que esteriliza os sonhos
Produz a tão salutar prevenção.
No silêncio que distingue os sábios
Também se abriga o tolo omisso,
O amor que faz emergir a nobreza
Também liberta a fera em nosso peito,
Depende a nossa felicidade
Tanto do ignorar como do conhecer,
E em pouca cousa se tem o prazer
Quando não é este posterior a angústia.
Assim nada perco e nada ganho
Em nada que me acontecer possa,
Pois dos erros surgem acertos
E das dúvidas as respostas.