DO DIA QUE ACORDEI ZEN.

A excelência e a ruína das cousas

Sempre se assenta em seus extremos,

Mas a perenidade busca incessantemente

O seu ponto de equilíbrio.

Tanto na falta quanto no excesso do remédio

A morte busca ocasião de envolver-nos

O medo que esteriliza os sonhos

Produz a tão salutar prevenção.

No silêncio que distingue os sábios

Também se abriga o tolo omisso,

O amor que faz emergir a nobreza

Também liberta a fera em nosso peito,

Depende a nossa felicidade

Tanto do ignorar como do conhecer,

E em pouca cousa se tem o prazer

Quando não é este posterior a angústia.

Assim nada perco e nada ganho

Em nada que me acontecer possa,

Pois dos erros surgem acertos

E das dúvidas as respostas.

Saulo Palemor
Enviado por Saulo Palemor em 15/01/2013
Código do texto: T4085812
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