Criança

O tempo vai passando

E as coisas vão mudando

Porém, em mim não muda,

Aquela velha vontade cega e surda

De voltar ao meu tempo de criança

E ter novamente toda a esperança,

Que tive naquela, estouvada, infância

Se eu soubesse o quanto ela me faz falta

Teria sido bem mais peralta

E também teria controlado a ânsia

De sair depressa

Daquilo que, hoje sei, Jamais regressa!