.:. Ressurgindo .:.

.:.

É desse novo hábito

que nos habita.

E da flor do hálito

que te deixa aflita...

Que surgem, renitentes,

torpores de vaidades.

Se está na pele o que exorbita;

Se é o medo que te conflita...

É no calor do abraço quente

que encontrarás, latente,

o arrefecimento desse fogo

enxertado de teimosas pulsações.

Que inútil é a vida que não grita!

Sem o medo que assusta a guarida,

todo encanto se perde no porão...

Vida é a que se vive, entre o sim e o não;

quando os tremores dos pés, livres,

asseveram a divina caminhada.

É desse velho hálito

que nos desmistifica;

e da treva do eterno Lácio

que nos torna presos ao tempo...

que surgem, persistentes,

todos os torpores da maldade.

Juazeiro do Norte-CE, 27 de agosto de 2012.

12h17min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 14/01/2013
Reeditado em 25/08/2013
Código do texto: T4085064
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