.:. Ressurgindo .:.
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É desse novo hábito
que nos habita.
E da flor do hálito
que te deixa aflita...
Que surgem, renitentes,
torpores de vaidades.
Se está na pele o que exorbita;
Se é o medo que te conflita...
É no calor do abraço quente
que encontrarás, latente,
o arrefecimento desse fogo
enxertado de teimosas pulsações.
Que inútil é a vida que não grita!
Sem o medo que assusta a guarida,
todo encanto se perde no porão...
Vida é a que se vive, entre o sim e o não;
quando os tremores dos pés, livres,
asseveram a divina caminhada.
É desse velho hálito
que nos desmistifica;
e da treva do eterno Lácio
que nos torna presos ao tempo...
que surgem, persistentes,
todos os torpores da maldade.
Juazeiro do Norte-CE, 27 de agosto de 2012.
12h17min
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