Visões de uma guerra

Quando olhei para os cantos

nunca vi tantos os prantos

e a densa neblina de fogo

cobria o fim desse jogo

Não sei o que doía mais

se era minha despedida

ou quem matara o que for capaz

mais de minha gente querida

Por que tem que ser assim?

vejo o vazio se aproximando de mim

vejo casas virando pó

vejo uma criança só

Por favor, eu quero viver

tenho muito o que aprender

mas essa disputa de vencer

nos faz padecer

As guerras acabam

mas a ignorância continua

e sobre nós elas começaram

essa imeça maldição que perdura

Meu Deus, fui um alvo errado

agora, sou apenas corpo sem passado

meus olhos estão cansados

de ver esse conflito desorganizado

Um pesar tomou conta do meu ser

por que tem que ser assim?

essa escuridão parece crescer

sou novo, mas parece ter passado anos por mim

Fui vítima dessa competição

de morte e destruição

minha vida agora é vão

e meus pés não tocam o chão

Queria viver

mas não me deixaram escolher

queria só que eles pudessem ver

seu coração iria doer

e quem eu amei nunca irei esquecer

pois pela falta de compaixão

de quem não deveria nem nascer

me partiram o coração

e agora repouso irei ser.

Pablo Nunes
Enviado por Pablo Nunes em 11/03/2007
Reeditado em 11/03/2007
Código do texto: T408440