Coisa de homem
Milhares de mundos
O silêncio bate
Na minha cara
E arranca dos minhas
Pernas o peso da degola
E põe-me no reino de argila
De alegria e de desforra
Acende do meu falo vivo
A canção celestial, feita
De madeira e carne
Combustível e carnaval
E o vento late e grita
Uiva e vomita, arde
E mata as velhas ilhas,
E costura as velhas feridas
E inaugura um novo tempo
De estrela e carícias
E me faz sentir grande
Que vai da terra ao fim
Da vida,
De ter seus seios de aço
Seus Braços noturno s,
sua poros molhados,
seu amor o ossudo
Sua pernas
Me corta o
Peito, suas
Unhas, me toma
A fome, sua calor
Me aquece inteiro
e me fala coisas de
Homem