LEMBRANÇA

Tu lembrarás de mim quando sozinha,

na noite negra, tormentosa e fria,

a solidão chegar por companhia...

E quando em prata, do sidéreo manto

o luar vier beijar-te a face em pranto,

de mim tu lembrarás em agonia...

Tu lembrarás de mim quando escutares,

o suave marulhar dos verdes mares

na tarde se esvaindo em doce calma...

Lembrarás nas manhãs ensolaradas

no silêncio das ternas madrugadas

e hás de sentir a minh!alma na tu!alma

Depois que o tempo aliviar-te o fardo,

lerás os versos que inspiraste ao bardo,

nas tristes rimas deste amargo canto...

Lembra, então, que tu foi quem partiste,

e não te esqueças do poeta triste,

que apesar de tudo inda te ama tanto!

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 11/03/2007
Reeditado em 05/08/2007
Código do texto: T408402
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