LEMBRANÇA
Tu lembrarás de mim quando sozinha,
na noite negra, tormentosa e fria,
a solidão chegar por companhia...
E quando em prata, do sidéreo manto
o luar vier beijar-te a face em pranto,
de mim tu lembrarás em agonia...
Tu lembrarás de mim quando escutares,
o suave marulhar dos verdes mares
na tarde se esvaindo em doce calma...
Lembrarás nas manhãs ensolaradas
no silêncio das ternas madrugadas
e hás de sentir a minh!alma na tu!alma
Depois que o tempo aliviar-te o fardo,
lerás os versos que inspiraste ao bardo,
nas tristes rimas deste amargo canto...
Lembra, então, que tu foi quem partiste,
e não te esqueças do poeta triste,
que apesar de tudo inda te ama tanto!