Vida/Cárcere
Cada dia é o mesmo martírio do cárcere,
As mesmas comidas, nos mesmos horários.
Talvez as vezes mudem.
Mas no final é sempre igual,
As mesmas pessoas,
As mesmas tristezas,
A decepção de ontem,
Mudou,
Apenas de dia e de nome
Não é mais Tereza,
Agora é Marina.
Por sete vezes risquei a parede,
Por sete vezes com o mesmo carvão.
E na toada de um cigarro
O meu cárcere de vida
se apequena na minha mão.