Vida/Cárcere

Cada dia é o mesmo martírio do cárcere,

As mesmas comidas, nos mesmos horários.

Talvez as vezes mudem.

Mas no final é sempre igual,

As mesmas pessoas,

As mesmas tristezas,

A decepção de ontem,

Mudou,

Apenas de dia e de nome

Não é mais Tereza,

Agora é Marina.

Por sete vezes risquei a parede,

Por sete vezes com o mesmo carvão.

E na toada de um cigarro

O meu cárcere de vida

se apequena na minha mão.

RaZo
Enviado por RaZo em 14/01/2013
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