Utopias
Varrendo poesias,
Com espanador de pena de passarinho recém-saído do ninho, carecendo de carinho.
Alguém que ajude a voar...
Mas os pássaros se bastam, há de se acostumar.
Deito a pena no papel,
A mesma pena do passarinho, outrora no ninho.
Um poema de encanto que te alegre o coração para espantar a solidão.
Um punhadinho de mar, resquício da ressaca ainda há pouco a quebrar, nas pedras silenciosas que guardam tantos segredos, dos amantes aventureiros, com sua pele curtida de tanto sol, tantos janeiros...
E nestes sóis de primavera eu e meu barco a vela vivemos sempre a velejar a procura de um abrigo. Alguém que queira me amar.
E então ao te encontrar, quantas noites de luar a espera, a nos encantar...
Dois corações sedentos de carinho e emoção, feito pássaro abandonado nas asas da emoção.