saudades...

neste colo meu

mora-me um espaço

e daquilo que não há

brotam aflitas palavras

fossem carne

cada letra acasalada

nacos de mim, arrancariam,

os lençóis da madrugada

mas, são o que não são

e disso comem e bebem

esses versos, sempre

e sempre inacabados

e vivem e morrem

num frio de sede e fome

e de novo e de novo, brotam

a esperar pelo teu mome

e vivem

e morrem

e vivem

e morrem

de saudades....

Almma
Enviado por Almma em 13/01/2013
Código do texto: T4082042
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