VERDE POEMA
Sou a poesia diluída que
corre entre pedregulhos;
atino novas passagens,
e namoro as palavras
doces que saem das
bocas dos peixes
que moram
em mim.
Sou a poesia que arrebenta
no canto dos passarinhos;
atravesso azul num céu
de canários e colibris,
depois durmo calmo
num galho curvo
de uma árvore
verde poema.