OS EXTREMOS DOS IGUAIS
Pelas flores que fenecem
Pelas árvores que crescem
Pelas selvas destruídas
E o verde que permanece
Pelos vales dos destroços
Nas erosões que o empobrecem
E os alpes preponderantes
Pela altivez, não perecem.
Pelas lagoas escassas
E os mares que enobrecem.
Pelas serras tão distantes
E há dos que não dissessem!
Pela magia do sol,
Pela lua que anoitece
Desemboco num arrebol:
-Um mesmo astro que tece!
Pelo vento que resfria
E ao mesmo tempo aquece
Pela mesma analogia
É pacífico e se embrutece.
Dar-se-ia de dois lados
As coisas tão naturais?
Prefaciar um uma obra
Sem as considerações finais?
Medidas cujas razões
São tão desproporcionais
É a equação mais complexa
Nos extremos dos iguais!