Esquinas Do Intangível

Minha canção suicida

Ecoa no vento noturno.

Vento que atinge com um vil desafeto

A consciência em que repousa meu coração.

A emoção me perturba a calma

E a alma cala com altivez a dor.

O que se antepõe ao medo eu não sei:

De repente são apenas pedras no sapato da memória.

E, enquanto isso pelas esquinas do intangível,

Passeia meu coração delinquente

De braços dados com a tua solidão.