feridas

a vida se passava

no muro e nas flores

mortas que se escutava

dos outros quintais;

nas meninas que já

empinadas, murmuravam

sexo e gosto de fruta,

que já tinha boca e peito...

e suas pernas nos doloria a virilha

dentro de nossa casa,

a solidão do quarto

da sala da cozinha,

no espulsava para o

mundo, nos fazia

vagabundo...

e nas praças e nas ruas

já treinávamos para vida

com nossos olhos de malvado

transformávamos tudo em ferida