DISCURSO DOS MEUS ANOS

Errei o discurso dos meus anos

Deparei com a mágoa no chão

E do amor só restou grandes enganos

E no peito invadiu-me uma implosão

Os meus sonhos mais ausentes

Tornaram-se tão presentes

Como se nunca passaram

Meus amores mais presentes

Mostraram-se tão ausentes

Como se jamais ficaram

Errei o discurso dos meus anos

Entreguei-me aos braços da ilusão

E as rugas me mostram desenganos

Por viver um amor de perdição

Os desejos mais potentes

Fizeram-se tão dormentes

Como se nunca gozaram

Os meus sonhos mais dormentes

Mostraram-se tão potentes

Mas, logo se apagaram

Gabriel do Além

Gabriel do Além
Enviado por Gabriel do Além em 10/03/2007
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