DISCURSO DOS MEUS ANOS
Errei o discurso dos meus anos
Deparei com a mágoa no chão
E do amor só restou grandes enganos
E no peito invadiu-me uma implosão
Os meus sonhos mais ausentes
Tornaram-se tão presentes
Como se nunca passaram
Meus amores mais presentes
Mostraram-se tão ausentes
Como se jamais ficaram
Errei o discurso dos meus anos
Entreguei-me aos braços da ilusão
E as rugas me mostram desenganos
Por viver um amor de perdição
Os desejos mais potentes
Fizeram-se tão dormentes
Como se nunca gozaram
Os meus sonhos mais dormentes
Mostraram-se tão potentes
Mas, logo se apagaram
Gabriel do Além