Nada
Dentro da noite
Sua face expira
Minha fome, me
Entorta como
Homem e me
Conta sua dor;
Alimenta minha
Pele, abastece
Meus poros,
Enriquece meus
Olhos, e me tira
do horror
Dentro da noite
Escura, dentro
Do mar fecundo
Meu coração se
Abre e te tece,
Numa malha quente
Que borbulha fagulhas
Como Da boca de um ébrio
Dentro da noite escura
Eu sou o escuro que
Vive, o escuro que
Ampara , o outro
Lado do divino, onde
O amor não se lamenta
Onde nada se cala,
nada! e a boca escarra
vales de ferimentos