PRESENTE

no céu profundo, ó estrela,

Tu piscavas sem saber

Que eu , da minha janela,

Nem piscava pra te ver!

Admirei teus lampejos,

Curvei-me à tua beleza!

E, sem saber, tu brilhavas

Espargindo singeleza...

Do infinito, ó estrela,

Eras a dona, sem par!

Qual barquinho, no oceano,

Solitário a velejar...

Puseste-me tal feitiço

Com teu singelo existir,

Que ante visão tão bela,

Esqueci-me de dormir!

E a tela em que tu luzias

Eu quis guardá-la em verso.

Era um presente, pra mim,

Do Artífice do Universo!

NEUSA RAMOS
Enviado por NEUSA RAMOS em 11/01/2013
Código do texto: T4079377
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