Do lado Esquerdo do Norte
Na cidade,
Perambulando entre os antigos cheiros,
Sinto-me inconteste.
Não vejo mais os amigos,
Sinto-me preso na dimensão,
Dessa solidão,
Como um castigo,
Por ter deixado a terra muito cedo.
Mas vou andando,
Quando me dou conta dos versos entristecidos,
Viro as páginas e procuro abrigo,
Pra poder sobreviver.
Desde a chuva que derriça no solo,
Quanto aos periquitos zoando na mangueira;
Desde a baia do Guajará com suas águas barrentas,
Até o por do sol no outeiro na tarde cinzenta;
Desde o cheiro de peixe, que acompanha o ar do ver o peso,
Ao açaí e o tacacá;
Desde o rio de pessoas no círio de Nazaré,
Ao desenho das rabiolas no céu azul;
Do Tucumã ao Buriti...
Saudade aqui seu moço é pai d’ égua.