Bombomzeiro
Não havia manhã,
No Benjamin Constant,
Que ele não estivesse.
Antes das filas se formarem
Ele estava lá...
Vendia big bol;
Vendia Lig Lig;
Vendia Chocolate...
Vendia sonhos e imaginações.
Não era doutor,
Nem professor,
Mais um pai de família que lutava para criar seus filhos.
Não era muito engraçado;
Não era velho,
Mas era a imagem viva da alegria,
Do amigo que nos dizia o verbo do cuidar.
Exemplo de quem não teve tempo;
Ou não quis estudar.
Era muito simples;
Não era vulgar...
Um senhor de meia idade,
Que pela necessidade precisava trabalhar.
Tanto que fazia;
Tanto que vendia,
Que o nome de batismo se convencionou...
Se era Agenor;
Se era Raimundo;
Se era José...
Não importava.
O que marcou;
O que a gente inventou...
Big.
Ficou pra sempre naquele cantinho do muro,
Na lembrança da infância,
Na alma que o tempo levou.
Ficou assim...
Big me dá um bonbons.
Ei Big, me dá uma flexinha.
Big pra cá;
Big pra lá...
Assim começou a nossa relação com o mercado;
Assim marcou o nosso querido bombonzeiro.