ÀS VEZES

ÀS VEZES

Às vezes...

Apenas às vezes eu me perco,

Perco entre o sonho e a realidade,

Entre o real e o meu abstrato.

Às vezes...

Às vezes, como esta noite eu sonho,

Praia de areia preta e pegajosa,

Seria óleo de um petroleiro?

Às vezes...

Às vezes, como hoje acordo cansado,

Retirei pessoas da areia grudenta,

Era ajudado por mais duas pessoas.

Às vezes...

Às vezes também como hoje acordo em oração,

Agradeço ao burro que me ajuda no sonho,

Puxava o corpo da areia escura e fétida.

Às vezes...

Fico revendo o sonho em câmera lenta,

Com nomes de pessoas que eu não conheço,

Sei circunstancia que eu não vivi.

Às vezes...

Ou seria sempre?

Agradeço a Deus, por ser teimoso,

Por acreditar que eu posso ser

E por isso eu posso fazer minha parte.

Às vezes e sempre...

Apenas tento passar para o papel

Sentimento ou a abstração do momento,

Mania de louco isso eu já não sei.

André Zanarella 03-01-2013

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 08/01/2013
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