outro sentir
se uma flor
ao vento
sente, e a terra
ao sol se seca...
e a nuvem quando
densa,
chove quando carrega
porque não sentir
a sua ausência
que fura minha
carne e faz –me zonzo
que me deixa sem
planos, sem horizonte...
entortado nessa
terra de fome
se a flor ao vento
sente, que a terra
também sinta,
mesmo que o vento suma
da frente e siga
outro rumo, outra cantiga
eu sinto no mar
eu sinto na solidão
eu sinto como a tranco
na árvores bruta, o cipreste...
a languidez do perdão...