NOITES LONGÍNQUAS
Venho das noites longínquas
Alimentando os nós da memória
E dando um brinde
Ao desespero do mundo
Me lembro da tua voz
No vazio do meu sonho
E dos meus versos
Tornando azuis os teus passos
Minha língua
Celebrava teus avessos
Na cavalgada da noite
Onde a utopia alcançava tua praia
Ainda havia mais sonhos a percorrer
Seguindo a rotas das estrelas
Que se acendiam no céu
E mostravam as impurezas do caminho
Agora, nesse novo círculo da existência
Só restam as lembranças
Daquela noites longínquas.