não sou manada

A noite junta

Meu corpo na pedra

Inunda meus ouvido

De pus...

E me engole do gosto

Da vida, e me trai

Como judas, Jesus;

Corta meus pulsos

E me joga no mar

Afoga meu pulmão

E no sufoco do breu

Eu digo não , não morro

Eu roubo fogo, eu

Sou prometeu...

Me prende do chão

Não me deixa voar

Me cospe na cara

“sou louco sim,

desses de navalha;

eu não desisto “

tropa de canalha”

eu nunca me entrego

sou do dia e da noite

aguento firme, não

grito socorro, estou

só...bem só,

não sou gafanhoto

e não vivo em manada