Passagem
O mundo não findou-se em profecias ou desastres,
Mas as horas esgotam-se e renovam-se como o crepúsculo que esvai
O futuro é no presente, esse é o nosso indicativo!
Amar é o verbo a conjugar-se sempre no infinitivo...
Fica a seara o suor e a labuta,
O barro batido e pisado por nossos ancestrais.
Fica a lembrança de um mundo que não será
Saudoso por não sair do peito jamais.
E passa o tempo num passatempo de mundo
Passa a poeira que somos: aios do absoluto.
Passa o pensamento, absurdo sem fundo,
Passa o ano num dia para Deus que é tudo.
Brasília - Passagem de ano, 2012/2013