Novos manuais de amor
Manuais de gozo e antidor
Dormem sob a tênue luz de cabeceira;
Regras de lavagens, perfeitos copulares...
Cheiros de novos ardentes lençóis
Propulsores dos enlaces de radicais amores...
Ausência da ingenuidade passada!
Minha virilidade poética esmaecida...
Acorda descrente nas páginas dos poetas malditos.
E agora; como falar de amor?
Ofereço minha dura cama à poesia imberbe
Que ainda acorda priápica e carente
Nessa junção mecânica de sêmen e secreção
Sem mais a nostalgia das madrugadas.
Ácido e alcalino...
Duchas e lavagens noturnas
Na comunhão de antigos extremos:
Amores e dores!