SILÊNCIO 52

me nutro

da fertilidade

e da embriagues

das faces que se enraizam

que surgem

e reluzem

de todo silêncio

que tem as cores

nas asas

dos ventos pálidos

a refletir as curvas

férteis

nutridas

das ausências sedentas

nos desertos

da minha alma

que se acalma

nos abismos

do meu coração

que voa

como poesia

plasmada

na saudade

crivada em mim

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 07/01/2013
Reeditado em 30/06/2013
Código do texto: T4071757
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