SILÊNCIO 52
me nutro
da fertilidade
e da embriagues
das faces que se enraizam
que surgem
e reluzem
de todo silêncio
que tem as cores
nas asas
dos ventos pálidos
a refletir as curvas
férteis
nutridas
das ausências sedentas
nos desertos
da minha alma
que se acalma
nos abismos
do meu coração
que voa
como poesia
plasmada
na saudade
crivada em mim