Pacto

O rubro mistério guardado entre as tolices

Agonizam o manto alvo a esmorecer oposto a plenitude.

Cingindo um cálice maldito

Do sangue que sais de teu seio rubenesco

Queres entregar teu bem para o sempre?

E virá em seu cavalo negro

Buscar tua alma,

No ébrio sentimento de êxtase.

Os reinos estão a teus pés

A marcha fúnebre foi adiada

A glória perpetua sobre sua auréola gris

Comporta-te, és única agora!

Decorrerão as primaveras e os outonos

Gesticule para os colibris

Tenha varões nobres

O fim está próximo. A coroa? Nunca mais!

- Marcos Leite

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