AS TRÊS CANETAS

AS TRÊS CANETAS

Autor: Maurício Irineu

A caneta do passado

Revela o que eu já fiz

Escreveu meus sentimentos,

Anseios e pensamentos

Todos os íntimos momentos

Conhece o quanto fui feliz.

A caneta do passado

Registrou meu coração

Cada batida ofegante,

Cada pulsar palpitante

Cada coisa interessante

Que me causou emoção.

A caneta do passado

Tem tinta especial

Escreve e ninguém apaga

Seu escrito se propaga

Sua pena não afaga

Conhece o bem e o mal.

A caneta do presente

Só escreve o que se passa

O que está acontecendo

Como eu estou vivendo

Se estou vivos ou morrendo;

É fiel e sem trapaça.

A caneta do presente

Descreve o meu agora

Porém tem limitações

Quanto às minhas ações

Não vê lá nos meus porões

O que faço a toda hora.

A caneta do futuro

É muito misteriosa

Muitos buscam o seu crédito

Tentam usufruir seu mérito

Descrevendo o inédito

Mas é muito duvidosa.

A caneta do futuro

Até causa confusões

Pois é muito explorada

Debatida, decantada

Sendo por demais usada

Pelos ditos charlatões.

A caneta do futuro

É, de todas diferente

Tem algo de especial

Transcende o natural

Seu dono é espiritual

É o Deus onisciente.

MAURICIO IRINEU
Enviado por MAURICIO IRINEU em 06/01/2013
Código do texto: T4070661
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