Novos dias, velhas noites
Ao abrir os olhos e ir a luta
O cidadão, mais um dia segue
Contemplando suas obrigações
Todas no tempo certo
Todas no ritmo certo
O que muda com o tempo afinal?
Nosso tempo?Nossa percepção?
Nossa descrença, pela vivência?
O cidadão nada sabe disso
Apenas segue, prossegue,
Cego por dentro
Mas quem precisa olhar pra dentro?
O que vamos encontrar?
Nós mesmos?
Isso já foi encontrado!
Não adianta, o mundo te apontou
Tens nome, endereço, classe social
De tu já disseram tudo,
Menos isso que sentes, mudo
Isso que não tem nome
Isso que é tão isso
E disso, a certeza é incurável
Cidadão, navegue ao inevitável
Dos novos dias, das velhas noites
Onde o sono é sempre o vagar
O delírio pulsante da alma inquieta
Da rotina do inconsciente
Que o saber organiza
Quando nada você sente...