A FÚRIA DE UMA FLOR
A fúria
Presente na flor que nasce
Irrompe o cotidiano
Fulmina e marca
Deteriora e alucina
O instante de um olhar de cada homem
Que quer ver a pureza e a beleza do invisível
Da presença
Que se flagra
Com fragrância
A entorpecer, elucidando e perfurando
O concreto da indiferença
De qualquer nuance sutil
De qualquer porção
Do individualismo
E sua força pútrida
que nega o outro
E que se apropria sem maquiagens
Sem máscaras
Do ser humano com seu vazio existencial
Encarnando nele
com os tons do imediatismo
A impotência de lidar
Com a própria vida
Com essa fraqueza
Exposta sob
Os holofotes de sua
Covardia
De enganar-se a si mesmo