A FÚRIA DE UMA FLOR

A fúria

Presente na flor que nasce

Irrompe o cotidiano

Fulmina e marca

Deteriora e alucina

O instante de um olhar de cada homem

Que quer ver a pureza e a beleza do invisível

Da presença

Que se flagra

Com fragrância

A entorpecer, elucidando e perfurando

O concreto da indiferença

De qualquer nuance sutil

De qualquer porção

Do individualismo

E sua força pútrida

que nega o outro

E que se apropria sem maquiagens

Sem máscaras

Do ser humano com seu vazio existencial

Encarnando nele

com os tons do imediatismo

A impotência de lidar

Com a própria vida

Com essa fraqueza

Exposta sob

Os holofotes de sua

Covardia

De enganar-se a si mesmo

Raimundo Carvalho
Enviado por Raimundo Carvalho em 06/01/2013
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T4069749
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