Deixe-me beber deste cálice


 
São versos senhor...
São versos!
 
Saídos da inocência de crianças.
São versos sim, meu senhor, são versos
empurrados em balanços
 da infância...
 
Perdão,
meu senhor, perdão!
Pelas pedras que me sujam as mãos...
São versos, confesso... São versos
extraídos de muitos
ribeirões!
 
0s versos... Senhor,
foram os versos
{aqui delato...]
 
Que subiram em tantos telhados
Fizeram serenatas à lua,
amor 
e viola dedilhados...
 
São versos,
senhor, são versos...
que lavaram e me vestiram de calma
Se for pecado, senhor... Se for pecado...
Perdoe-me, já perdi
Minh’ alma...
 
Entre tantas insônias furtivas,
Entre tantas visões
Imaginativas.
 
Enquanto dormias,
Meu senhor, enquanto dormias,
esta sina poética se cumpria.
 
Alheada aos massacres do mundo,
Resta-me apenas fazer esta rogativa...
Pra amenizar teu jeito iracundo
Reforço minha acusativa...
 
Tantos versos, senhor,
Tantos versos, que dançaram em minhas fantasias...
E o que vês se esvaindo de meus dedos
 
 
Não é sangue, é tão somente... Poesias!
 
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(Momento furtivo nesta madrugada, entre lágrimas por tantas incompreensões...)
 
 


 
MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 05/01/2013
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T4068722
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