O NASCIMENTO DO VERSO
O lápis corre solto na folha;
Até parece voar...
Vez em quando, voa mesmo:
No ato de imaginar.
Uso a palavra errada;
E então, ela está lá:
A borracha eficiente,
Vem meu erro apagar.
A folha também é importante;
Tem seu "papel", admito.
Perdoe esse trocadilho tolo:
Faz parte de meu poema esquisito.
Então a mão dança ao escrever;
E a mente comanda este dançar.
Também há a inspiração:
Dela eu devo lembrar.
Após tanto corre-corre,
Nesse caminho trabalhoso;
Surge ele; o verso:
Todo prosa e caprichoso.
Vai fazer parte de um poema;
Ou vai ser um verso só?
Isso, quem decide é o poeta:
Escolhendo o caminho melhor.