o céu sujo

se quiser, te mostro

a luz, o cemitério

dos vivos, os anjos

beberrãos, e as bocas

sem motivos...

as ruas de pedras,

as gangarras das idades

o cinema que fechou...

o facão da realidade

o céu que da terra morre

o reino da dor que nos

sacode, a tristeza que

de lama nos prende, o

corpo, que de tão negado

nãoo nos entende...

não a beleza pura,

da santa, ou do moribundo

te falarei da beleza suma

essa que fala do mundo