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Eu me sinto melhor com a cidade vazia

Com os fogos explodindo sua alegria em outra avenida

A praia lotada de falsidade

De gente que se esqueceu (ou nunca soube)

Que os anos não acabam

Não vejo razão na espera da felicidade:

(Os relógios têm que bater meia-noite

Pros olhos envergonhadamente se olharem

E saírem das bocas quase que cuspidas algumas mentiras sinceras,

Enquanto os braços tortos tentam um abraço murcho e a mão uns tapinhas nas costas.)

Dá dó,

Mas nunca escapo.

A cobrança da presença

E eu só quero sumir.

Lâmia Brito
Enviado por Lâmia Brito em 02/01/2013
Reeditado em 03/01/2013
Código do texto: T4063243
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