Tédio


Estava tudo caminhando lento que o tédio tomou conta de todos,
onde antes a poesia voava louca contra ou a favor dos ventos,
invadia os céus e mergulhava o mar, ofendia, acariciava...
Derramava suas paixões sobre as areias,
entrava e misturava-se aos gorjeios dos pássaros pela madrugada,
A poesia invadia tudo sem limites,
Tocava a pele, corpos  sem mantos,
Ensurdecia ao estalar dos beijos e de vozes, ah a poesia,
A poesia antes,
A mais linda modelo desfilando nas nobres passarelas... 
Agora, sem delírios,
Tão pobre, cheia de tédio, agora morria com seu vestido estampado
Morria disfarçando a sua dor, 

O que fazer para acordar a poesia...
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 01/01/2013
Reeditado em 21/05/2016
Código do texto: T4062131
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.