raso
a carne podre
é de brejo
é corpo mole
é desejo etéreo
é coisa nenhum
é sumo, é grito
é turvelinho
é morrer
é correr no asfalto
com os homens
essa estrada
da vida, ciclone
polar, poeira
morta das estrelas
que sem eira nem
beira, rouba o
homem do trono
é viver no alto
longe da fome
Quero ir embora
onde o embornal
é ciclone, é som
pardo, é noite ao
ao caso, no muro
do homem
que fazer da vida
um son, um pergaminho
uma coisa menos morta
um asafrão no ar,
colorir o dia sem dono
--
que o barco sangre
o amor, e nos rochedos
nao se intrubique
mas fique, no rio
de sua cor, onde
a estrada mais bela
estouro de uma guerra
nao se ilude com a flor
que a veja tudo como é
no tino surdo e delicado
que nao rende a penugem
no engano ou na fome;
em voos de raso esplendor